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Cross-cultural taste: Exploring sensory language disparities in coffee evaluation for the global market
Introdução
O projeto Sabor Intercultural adota uma estrategia interdisciplinar para abordar as dificuldades enfrentadas pelos produtores de café na venda de café especial para o mercado europeu, avaliando divergências na linguagem sensorial e referências usadas por provadores profissionais de café brasileiros e britânicos em condições experimentais e por meio de métodos antropológicos.
O Sabor Intercultural é financiado (2024-2025) por uma bolsa do Scottish Funding Council International Scientific Partnerships em colaboração com a Universidade Estadual de Campinas (Brasil).
Sobre o projeto
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, e um subconjunto crescente desse café é o ‘café especial’ — café de alta qualidade com sabores e gostos únicos, que agora responde por quase 15% das exportações brasileiras de café. Embora o café especial tenha preços muito mais altos no mercado internacional do que os cafés convencionais, ele apresenta mais dificuldades em logística e em chegar ao mercado em primeiro lugar, pois exige que produtores e corretores comuniquem elementos de valor: o que há de especial e único neste café e, consequentemente, vale um preço mais alto?
Baseada em uma antropologia sensorial da alimentação, mas pareada com o trabalho experimental de ciência sensorial, nossa equipe está analisando como os provadores profissionais de café no Brasil e no Reino Unido desenvolvem e implementam referências sensoriais e como as práticas de degustação incorporadas transmitem significado e valor dentro da indústria global de café.
Sobre a equipe
- Dr Sabine Parrish - Investigadora principal
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Sabine é uma antropóloga com interesse em pesquisa nas culturas e economia política do consumo de café especial e os futuros ambientais da produção de café. Ela é uma Pesquisadora na Escola de Ciências Sociais da Universidade de Aberdeen. Fora da universidade, Sabine também trabalhou profissionalmente com café por mais de 15 anos e é uma degustadora de café experiente.
- Prof Jorge Behrens - Co-investigador
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Jorge Herman Behrens é professor de Ciência Sensorial e do Consumidor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) no Brasil. Sua pesquisa se concentra em sustentabilidade, motivações psicológicas e culturais por trás de escolhas alimentares (por exemplo, neofobia alimentar), preferências sensoriais, interações crossmodais e o estudo de alimentos icônicos como o café, um pilar da identidade nacional do Brasil e um elemento-chave de sua representação cultural internacional.
- Dr Fabiana Carvalho - Co-investigadora
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Fabiana é uma neurocientista especializada em processos de percepção e memória. Atualmente, é pesquisadora colaboradora na Universidade Estadual de Campinas. Seu projeto de pesquisa ‘The Coffee Sensorium’ é focado em entender a percepção multissensorial do sabor e como ela impacta a experiência de beber café. Este projeto tem vários colaboradores, como a Coffee Science Foundation e a University of Oxford (Reino Unido).
- Dr Janelle Wagnild - Estatística
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Janelle é uma antropóloga da saúde e especialista em métodos quantitativos e mistos. Desde que concluiu seu doutorado na Durham University em 2019, ela tem sido estatística em uma gama diversificada de projetos, incluindo ensaios clínicos em cirurgia cardiotorácica e pesquisas nacionalmente representativas sobre o uso de medicamentos na África Subsaariana. Atualmente, ela é a estatística líder em uma intervenção financiada pelo Medical Research Council (Reino Unido) para profissionais de saúde comunitários em Gana, Etiópia e Malawi.
- Camila Arcanjo – Suporte técnico
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Camila é bacharel em Química e mestre em Alimentos e Nutrição, ambos pela Universidade Estadual de Campinas. Ela coordena o laboratório sensorial Co.F.F.e.C.C.I.Na em parceria com o Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé).